15 novos artistas do R&B nacional que você precisa conhecer

26 abril POR ALGOHITS

Lista da AlgoHits reúne 15 artistas que tem se destacado no cenário de R&B nacional

As Origens do R&B

Nascido nos EUA década de 40, o movimento musical designava, a princípio, a música negra norte-americana (jazz, soul, blues e gospel). Além de suas raízes country blues (delta blues e piedmont blues) e antigas formas de música americana, o Rhythm and blues (R&B) foi influenciado também pela música cubana. O ritmo foi fundamental para o desenvolvimento do rock’n’roll ainda na década de 60, com o passar do tempo, e principalmente a partir dos anos 90, o estilo passou a agregar elementos do pop, hip hop e funk.

No Brasil Tim Maia, Cassiano, Hyldon, Djavan, Jorge Ben, Sandra de Sá ajudaram a incorporar e consolidar dentro da música pop o estilo, incorporando elementos da música brasileira e enriquecendo ainda mais o desenvolvimento da fusão de ritmos que o R&B abrange desde os seus primeiros dias. A MPB, o rap, o samba, o pagode e até mesmo o funk carioca acabam sendo elementos que se fundem nas novas gerações que continuam a dar vida ao estilo.

A Cena de R&B Nacional

O cenário voltou a ganhar terreno com intensidade nos últimos anos com o surgimento de novos talentos que tem despontado a nível nacional mas ainda luta por maior reconhecimento tanto como cena, como busca por maiores espaços e cachês. Novos talentos de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Bahia, tem aparecido nos radares e provam mais uma vez que o R&B sempre esteve por aí.

“O boom que aconteceu com o rap, se você ver nos últimos 10 anos começou a acontecer a cultura das cyphers. Você assistia uma cypher com 9 rappers por conta de 1 rapper que você conhecia, e você conhecia por conta um rapper que você conhecia e você passava a conhecer outros 8. Isso foi criando uma cena que possibilitou um boom do rap. Hoje o rap é um dos estilos mais populares do mundo, junto com as suas vertentes, tem o trap, mas para mim tudo parte do mesmo lugar, da mesma essência.

Então, esse boom proporcionou pela semelhança parental dos estilos, alguns artistas de R&B despontaram também como, por exemplo, o Luccas Carlos, que é uma das referências do gênero. Ele despontou por estar mais próximo do rap, do movimento que a cena estava fazendo.

Então o que penso hoje mais do que querer mais visibilidade para um artista ou outro é essa coisa que eu estou fazendo também, me disponibilizando mais para atuar no cenário do R&B já tendo uma caminhada no rap, por esta ser a sonoridade que eu sempre fiz e amei fazer só que o rap tem uma semelhança muito grande.

Ele bebe do R&B. Aqui aconteceu o contrário dos EUA, o R&B e o soul dão origem ao rap, e aqui e o soul acha espaço no rap, nos refrões, e a partir daí vai se criando uma parada para se emancipar. E até para isso é a coisa que acontece, se isola e se esvazia.

Então, eu penso que é isso, mais que querer que um artista tenha mais visibilidade para um artista ou outro, é essa parada de querer ver essa cena funcionando. As pessoas se interligando, contribuindo no trabalho do outro, se vendo, trocando genuinamente, sem o viés de competição que é isso que fez o rap acontecer e tem acontecido ultimamente, que é o que eu penso para o R&B.”, conta Wesley Camilo sobre a importância de os artistas caminharem junto para o fortalecimento da cena.      

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Wesley Camilo quer fortalecer o cenário de R&B nacional e promover a união entre os artistas. – Foto Por: Moysah

Quando questionado quais artistas brasileiros da cena de R&B gostaria de trabalhar Wesley Camilo comenta: “Tem alguns artistas que admiro demais e gostaria de fazer parcerias como a Liniker, o próprio Luccas Carlos que a gente tem agora uma proximidade com algumas coisas que eu comecei a fazer, comecei a trabalhar junto com o Hodari, e me aproximei mais dele, a gente já tinha trocado algumas ideias, e já tínhamos tentado fazer algumas coisas junto. É um cara que eu quero muito trabalhar porque sou muito fã, admiro demais, sou muito grato a contribuição que ele tem para essa cena de R&B, o Luccas. Liniker, Majur, talento muito lindo, o próprio Chris, de Minas, muito bom, tem muito artista talentoso. Gloria Groove, isso é R&B puro!

Esse grupo de potências, a gente tá no mesmo lugar, se fortalecendo, e a gente só tem a ganhar com isso, do que apenas destacar um ou outro, sacou? Isso é uma forma legal de chegar com a sonoridade. Todos têm em comum a sonoridade, a alma, a música, o soul, o R&B!”

Conheça mais sobre os novos expoentes do R&B brasileiro

Luccas Carlos

Aos 28 anos o cantor e compositor carioca, Luccas Carlos, é dono de vários hits do R&B, UK Garage e Pop Urbano e nesta ano lançou seu segundo álbum de estúdio Jovem Carlos em maio. Mas o talento do músico vai além disso, além de feats com diversos artista, ele é o compositor de canções para hits em outras vozes como “INTERE$$EIRA” (Luísa Sonza), “MULHER DO ANO XD” (Luísa Sonza) e “Sem Filtro” (IZA). O Hit Maker possui cerca de 166 Obras Musicais e 224 Fonogramas cadastrados em seu nome.

O novo disco com 10 músicas lançado via We4 Music com produção de Nave possui parcerias com Vitão (“Pensando Coisas 2”), Nave e WillsBife (“Jovem Carlos”), Chris Mc (“Mais Que Isso”) e Lulu Santos (“Opção”).

Liniker

Para lançar o seu primeiro disco-solo, Indigo Borboleta Anil (2021), Liniker afirmou ter precisado se conectar com a sua ancestralidade para se colocar ali por inteira. O resultado foi um álbum poderoso e cheio de camadas (e que ganhou brilho extra por algumas das participações especiais, como a de Milton Nascimento e a de Letieres Leite e Orkestra Rumpilezz).

Agora, a cantora que já integrou os Caramelows leva o novo trabalho para o palco e cria novas dimensões para este repertório no ao vivo — algo que será ainda mais forte em seu show no AFROPUNK Bahia. A artista está confirmada na primeira edição completa do festival na América Latina, marcada para os dias 26 e 27 de novembro, no Parque de Exposições, em Salvador, um dos principais festivais de música negra do mundo, mostrando a força e consolidação do R&B nacional.

Recentemente a artista participou do projeto Youtube Black Voices e por lá tocou uma versão ao vivo de “Baby 95” acompanhada da Orquestra Sinfônica Heliópolis.

Wesley Camilo

Com carreira iniciada em meados de 2010, o músico, cantor, produtor e compositor Wesley Camilo tem uma trajetória de aprendizados e uma escola que celebra a música preta, passando por uma vasta pesquisa pela história do R&B, soul music, rap, hip hop entre outros gêneros musicais, a nível nacional e internacional.

Natural de Osasco (SP), ele está nas vésperas de lançar seu primeiro álbum de estúdio via AlgoHits, este que levará o nome de Presente – explorando as várias características semânticas da palavra. Antes ele havia lançado o EP Minhas Verdades (2017) dando uma amostra do que está por vir.

Em entrevista exclusiva para o blog, ele contou mais sobre sua trajetória, da iniciação artística na igreja ao faça você mesmo como produtor, entrando com mais profundidade sobre suas origens, identidade, parcerias e desenvolvimento. Em seu currículo ele já pôde trabalhar ao lado de artistas como SabotageEmicidaCrioloRenan InquéritoMarina Sena e muitos outros de renome da música brasileira (saiba mais em post sobre sua carreira como produtor musical).

Hodari

Nascido em Brasília, Hodari é músico, cantor e compositor, em paralelo com suas profissões de tatuador e modelo. Faz parte do selo e editora We4 Music que tem no casting também os cantores Luccas Carlos e Marô. Neto da militante negra Lydia Garcia de Mello, cresceu rodeado por artistas e referências da cultura africana. Seu nome significa “dignidade” no dialeto zulu.

Sua trajetória na música começou aos 15 anos quando formou sua primeira banda, Skarto, que existiu entre 2017 e 2011. Em 2018 quando lançou a faixa “Teu Popô” sua carreira solo decolou. A música narra o término de um relacionamento e meses depois de ser lançada inspirou uma das edições do projeto Poesia Acústica, ganhando um remix com participações de Don L, Luccas Carlos, Kayuá e Maria.

Entre as parcerias que acumula na carreira, tanto na produção quanto na composição de letras, estão as músicas “Origens” e “Fui”, com Edi Rock, “Tratamento Perfeito”, com Vitão, “Diaba”, Foi Mal” e “Explícito, com Urias. Trabalhou também com Negra Li, em músicas que ainda estão por vir, e com Luísa Sonza no álbum DOCE 22, nas faixas “CAFÉ DA MANHÔ e “MULHER DO ANO”. Conhecido na cena R&B, Hodari já esteve na lista de músicas mais ouvidas no Spotify por três vezes.

Gloria Groove

Daniel Garcia nasceu em 1995, na cidade de São Paulo. Desde pequeno, por influência da mãe, a cantora Gina Garcia, que foi backin vocal do Raça Negra, ele já mostrava seus talentos artísticos. Frequentador Igreja Renascer e cantava em um coral infantil gospel. Até que, em 2005, eles se apresentaram em um especial de Natal do Programa Raul Gil, o que chamou a atenção dos produtores da Record.

Em 2014 saiu da igreja e passou a se dedicar em diversas áreas artísticas. Com carreira como dublador, em 2016 decidiu iniciar a carreira musical como solista lançando o single “Dona” já como drag queen e abrindo turnês internacionais de outras drags. A artista com enorme sucesso nacional até o momento possui dois discos de estúdio O Proceder (2017) e Lady Leste (2022).

Majur

O disco de estreia de Majur, OJUNIFÉ, lançado em maio de 2021, foi concebido nos últimos dois anos e reflete os aprendizados que a artistas absorveu nesse período. O nome vem do idioma iorubá e significa “olhos do amor”, simbolizando o amadurecimento pessoal e artístico da cantora soteropolitana e dando o tom do atual momento de sua carreira.

Com participações de Luedji Luna e Liniker, produção assinada por Ubunto e Dadi e direção musical da própria artista, o álbum explora as diversas facetas dessa nova Majur, indo a fundo em suas vivências, amores e reflexões.

O nome (“olhos do amor”) vem exatamente para celebrar esse momento de plenitude, em que ela consegue olhar-se com o amor que merece. É um trabalho de força e fé na Majur do presente, que tem muito a compartilhar com o mundo. Sob essa ótica, do amor pleno por si, que Majur navega por reflexões sobre afeto, orgulho e outras vivências.

Jean Tassy

O cantor e compositor brasiliense Jean Tassy lançou o álbum Amanhã (2021) produzido por Iuri Rio Branco e inclui participações da Marina Sena, fleezus, Davi Sabbag entre outros novos destaques da música brasileira. O disco reúne estilos como Pop, R&B, Neo-Soul, MPB e brasilidades urbanas. Ele apareceu para o cenário nacional em 2015 através do grupo TheGust MC’s.

“Não me coloco em nenhum gênero musical específico por enquanto, mas visualizo estruturas do Hip hop, Neo Soul, Blues e música brasileira predominantes em minhas composições”, diz Jean Tassy.

Entre suas canções com maior alcance até o momento estão os hits “Diz Pra Mim“, “Pequeno Blues” e “Mande Um Sinal“.

Chris Mc

Chris MC começou nas batalhas de rap de Belo Horizonte (MG), mais precisamente a de Viaduto Santa Tereza, que revelou artistas como FBC e Djonga, e no fim de 2016 deu o primeiro passo no game: participou do som “Eu Sou o Jogo“, de Sagaz com Clara Lima. Lançou o single “Ouro” em parceria com o Coyote Beatz – que estão, inclusive, no EP de estreia.

“Pretendo lançar muito R&B, muito trap, mas também um EP com boombap e fazer algumas parcerias interessantes também”, disse Chris na época já vislumbrando a guinada para o lado do R&B nacional em seu som mas sem perder a fluidez do estilo

Depois disso ele passou a integrar o grupo 1Kilo, revelando uma faceta mais romântica e R&B nas faixas do grupo carioca, tendo também participado de cyphers e uma edição do aclamado projeto Poesia Acústica.

Em 2019 finalmente veio o disco de estreia, PRIN$, trazendo à tona as love songs como “Facetime”, “Sempre Que Puder” e “Céu Azul”, uma parceria com Luccas Carlos, mesclando com outras mais pesadas como “O Mundo Terei”, “Corre” e “6 Me Desculpa”, dando a tônica da sua identidade artística. Conseguindo agradar diferentes nichos, do rap mineiro mais cru, passando pelo rap romântico ao acústico. Após isso ele lançou em 2020 o EP Fútil, também com levada mais romântica, em 2021, o EP Planos, já em 2022 ele participou do Cypher “Estaciona e Desce” ao lado de nomes como Sidoka, MC Anjim e Tropa do Bruxo; além do single “Amor Que Cura”.

Tuyo

Tuyo vem delineando o seu caminho com uma identidade musical que mistura pop à potência vocal do trio. Indicado ao Grammy Latino na categoria “Melhor Álbum de Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa”, em 2021, com o disco Chegamos Sozinhos em Casa Vol. 1, o grupo lista passagens por palcos expressivos, como South by Southwest (SXSW), nos Estados Unidos; e Primavera Sound Barcelona, na Espanha.

Em sua trajetória o grupo tem na discografia o EP Pra Doer (2017), o disco de estreia, Pra Curar (2018), e Chegamos Sozinhos em Casa lançado pelo edital da Natura Musical.

O segundo álbum da Tuyo é um retrato do exercício de introspecção ao mesmo tempo que abre um leque para muitas possibilidades que ainda não tinham explorado. Isso se somando com a densidade dos temas escolhidos por eles, que passa por assuntos como o pertencimento, o amadurecimento, a identidade, o não lugar que ocupam seja no mercado como na sociedade, as vivências e o que vem depois do caos. O disco ainda conta com feats com nomes importantes da música brasileira contemporânea como Luccas Carlos (“Sonho da Lay”), Lucas Silveira (“Pronta pra Cair”) e Jonathan Ferr (“Toda Vez Que Eu Chego em Casa”). R&B, Pop, Soul, Pagode, Synth Pop, Gospel e outro estilos acabam sendo incorporados dentro das referências do grupo.

Tendo assinado recentemente com a BGM Brasil, o novo EP do grupo de Curitiba (PR), chega no dia 11 de novembro.

Fabriccio

O cantor, compositor e multi-instrumentista capixaba Fabriccio acaba de lançou no ano passado o álbum “Selva” através da Zeferina Produções. A obra traz releituras do extinto disco Jungle (2017), além das faixas bônus “Me Abraça”, com participação da Tuyo e já apresentada para o público, e a inédita “Teu Pretim Remix”, com participação de Drik Barbosa e produção de Rafa Dias (RDD, ÀTTØØXXÁ). O projeto ainda conta com Tássia Reis, em “Preta”. O funk americano, o R&B, o Soul, os ritmos brasileiros e o Hip Hop acabam entrando como elementos.

SELVA é a forma de estar no meio disso, com as ferramentas que a vivência de outras pessoas iguais a mim, que passaram por épocas, contextos e dificuldades, que também deixaram de herança, não só a música, mas sobre como o tempo vai configurando a história dos relacionamentos, das famílias… Eu dei sorte, a música é meu jeito de estar no mundo, é minha forma de espelhar a forma que a vida se mostra pra mim, uma forma de retribuir não só a ‘beleza’ da música ou da letra, mas retribuir por ter aprendido a ter isso como tecnologia para me comunicar e também me descobrir”, contou Fabriccio sobre o contexto do disco na época de seu lançamento.

YOÚN

“O rock, o blues e o jazz se encontram no mesmo lugar e eu me encontro aqui” é a frase que ecoa na introdução de BXD in Jazz, disco de estreia do duo fluminense YOÙN. Narrativa que dialoga com Bluesman, do Baco Exu do Blues, e Abaixo de Zero: Hello Hell, do Black Alien. A busca ritmica e potência nos lembram também o poder catalisador do trio curitibano Tuyo em Pra Curar (2018).

De Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, o duo YOÙN é composto por Shuna e Gian Pedro que já antes mesmo de lançar seu primeiro disco já vinham impressionando com o quão conectados com o espírito urbano, o swing e a identidade já era perceptível, seja em suas apresentações nas ruas como nos primeiros materiais oficiais a serem divulgados.

“As expectativas para a estreia do disco são altas. Desde o nosso primeiro lançamento, “Meu Grande Amor”, estamos cativando um público fiel que responde positivamente à nossa arte e às nossas músicas. Lançamos mais músicas que nos deram consistência e agora tanto público quanto crítica esperam uma movimentação mais efetiva do nosso som”, afirma Gian Pedro.

“O álbum vem para finalizar essa etapa, inserir um flow contemporâneo que pode definir uma nova fase na música brasileira e uma nova linguagem, onde acreditamos que o público pode consumir nossa música sem medo de uma sofisticação ou estética diferentes”, completa Shuna.

Para sua estreia eles contam com a produção musical é de Júlio Raposo, Lux Ferreira e Thiago Dom em coprodução com a equipe JOINT – Carlos do Complexo, Dudu Kaplan e Junior Neves. Já a direção musical é de Júlio Raposo em parceria com os artistas Shuna e Gian Pedro e a produção executiva pelo selo carioca JOINT e Pedro Bonn. Leo Gandelman também contribui para o debut em uma das faixas.

Budah

Brenda Rangel ou simplesmente Budah, é um dos nomes femininos de maior destaque na cena do rap nacional atualmente e seu som também traz o R&B como elemento. Natural do Espírito Santo a capixaba lançou seu primeiro single em 2019, “Licor” alcançando mais de 1 milhão de visualizações.

“Geral me conheceu aí, no meu primeiro trabalho, a partir disso muita gente conheceu a minha voz, em outros estados. Já tinha gravados alguns vídeos e postado em algumas redes mas a qualidade de um estúdio fez total diferença pra que eu crescesse. A sensação é sempre única, é muito legal saber o poder que a musica tem e se surpreender até onde ela pode chegar.”, contou Budah em uma entrevista para o site Oniverso Abominável na época

Tendo já realizado feats com artistas como Azzy e Lourena – e mais recentemente com Wesley Camilo (“Tão Bem”), ela vem em crescente dentro do seu nicho, tendo referências de artistas como H.E.R. e IAMDDB, versando sobre feminismo, abordando críticas sociais e sobre o amor.

No começo do ano ela participou do aclamado projeto COLORS e por lá tocou a faixa “Quando Eu Te Olhei”.

Bivolt

Há mais de 10 anos se faz presente com respeito no cenário da música urbana expressando suas vivências através da arte e trazendo o poder feminino para discussão em suas letras. Bivolt começou a quebrar barreiras ao ser a primeira rapper mulher a se apresentar na edição de 2017 do Rock in Rio, descoberta por um olheiro quando cantava na rua.

Em 2019 assinou com a sua primeira gravadora, Som Livre, e lançou o single “Vista Loka”, com clipe gravado na comunidade do Boqueirão, em São Paulo, onde a rapper nasceu e foi criada. Em 2020 lançou o primeiro álbum da carreira, intitulado Bivolt, com direção musical do Nave.

As 14 faixas autorais apresentaram ao público a dupla voltagem da artista, do lado mais pop, com estilo lovesong e um toque de R&B, ao mood vindo das batalhas de rap, com linguagem de rua, rimas mais intensas e muita dança. As composições são baseadas em suas vivências e trazem uma bagagem de reflexões sócio-políticas e relações amorosas. Entre as participações especiais estão Xenia França, Tasha & Tracie, Dada Yute, Jé Santiago e Lucas Boombeat.

Em 2020, foi indicada ao Grammy Latino na categoria internacional “Melhor Vídeo Musical Versão Curta” pelo clipe de “Cubana”, faixa que integra o álbum Bivolt. Além da indicação à maior premiação da música latina, a rapper recebeu diversos outros reconhecimentos por seu trabalho no mesmo ano.

Após vencer em duas categorias no prêmio RAP SH!T (MC do Ano e Álbum Ano), Bivolt conquistou também as categorias Melhor Clipe e MC do Ano (feminino) na premiação do RAPTV, um dos maiores portais do segmento de música urbana. Em 2021, após lançar os singles “Pimenta”, ao lado de Gloria Groove, e “Eu & Tu!”, com participação de EmicidaBivolt apresenta o segundo álbum de sua carreira, “Nitro”, totalizando oito faixas, sendo seis inéditas – entre elas a música de trabalho “Raspa Placa”, em parceria com a artista pernambucana Duda Beat.

Tássia Reis

Trap, drill, vogue beat, house, disco, rock, samba e soul. É assim, sempre mostrando completa versatilidade e ousadia, que Tássia Reis lançou no fim de 2021 seu quarto registro de estúdio, Próspera D+’ – um formato deluxe que expande e dá sequência ao universo criado pela artista em 2019.

“Por conta da pandemia, a Próspera Tour precisou ser interrompida depois de viajar alguns países e estados brasileiros, mas estávamos apenas começando essa movimentação. Foi um baque pensar que tinha acabado ali e teríamos que seguir em frente. Porém, fui surpreendida pelo pedido dos meus fãs: eles queriam que aquele trabalho tivesse uma sequência e fiquei feliz de saber disso, sobretudo por vivermos em um mundo muito imediatista. Foi aí que decidi divulgar versões novas de alguns sons, juntar com inéditas e outras faixas de Próspera que não pude trabalhar como gostaria.

O resultado é esse álbum que vem com uma força, um impulso pra nos fazer sair da cama, tirar o pijama, afastar o sofá e dançar. Porque apesar de todos os momentos difíceis que passamos nesses últimos tempos, sobrevivemos. A vida é preciosa, precisamos celebrá-la, precisamos beijar mais, dançar mais, descansar mais, nos amar mais, o mundo já é tão difícil … Eu quero ter motivos pra sonhar de novo e acho que essa estreia é um começo disso pra mim”, contou Tássia na época do lançamento

O disco conta com parcerias com nomes como Tulipa Ruiz, Urias, Preta Ary, Monna Brutal e Melvin Santhana. Nas produções musicais, o trabalho reúne nomes como EVEHIVE, Th4i, Theo Zagrae, Jules Hiero, Eduardo Brechó, Jhow Produz e Nelson D.

Alt Niss

Nascida e criada na zona sul de São Paulo, Eunice Santiago Albertini, mais conhecida como Alt Niss, começou a cantar e a compor influenciada pelos bailes black frequentados pela sua família quando ainda era criança. E, apesar de vir de uma família musical de sambistas, foi no R&B que a a artista acabou se encontrando

Durante sua adolescência, no início dos anos 2000, ela conheceu artistas como Aaliyah, TLC e Brandy e se apaixonou pelo R&B. O ritmo e estética acabaram ganhando seu coração e serviram de influência para o resto de sua vida.

“Eu gostava de como as garotas e os caras cantavam, as batidas me encantavam, as roupas, o comportamento, a estética num geral”, contou a artista em entrevista para os portal da Red Bull em 2018

Ela começou a e fazer presente na cena de rap nacional e chegou a colaborar com nomes como Slim Rimografia, Amiri e Drik Barbosa. No final de 2015, a convite do grupo 5pra1 (Boogie Naipe), participou da abertura do show dos Racionais, em São Paulo. Chamou a atenção de Mano Brown, e foi convidada a integrar o time de artistas de sua gravadora, a Boogie Naipe.

Tendo integrado o coletivo Rimas & Melodias ao lado de Drik Barbosa, Karol de Souza, Mayra Maldjian, StefanieTássia Reis e Tatiana Bispo. Em 2019 ela lançou o álbum solo A Linha Tênue. Seu mais recente lançamento é o single “Supernova” com participação de Cabes.

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Por lá Wesley Camilo, artista da AlgoHits, aparece com seu novo single em colaboração com Budah, “Tão Bem“.

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